O carro de Deus
NUVENS - aquele que "faz das nuvens o seu carro e anda sobre as asas do vento" (Sl 104. 3), não saiu da terra para ficar nos céus, mas, voltará com as nuvens! Deve-se distinguir entre esse evento e o rapto, isto é, o arrebatamento da igreja que ocorrerá em secreto (1°Tes 4. 16, 17; Mt 24. 36-42).
Rapto versus Manifestação
No arrebatamento, Cristo vem para os seus santos (1º Ts 4. 16, 17; Jo 14. 3); na sua manifestação, vem com os seus santos (1° Ts 3. 13; Jd 14; Zc 14. 4). Certamente, não pode vir com os seus santos sem antes vir para eles.
Os mesmos que traspassaram
Apesar de este versículo afirmar que todos os verão, há de ser feita uma distinção especial. Naturalmente, os que o mataram quererão evitar olhar para a cena da sua vinda, nas nuvens. Mas, todos os verão; aquele que o traiu, aquele que abriu o seu lado, aqueles que o insultaram.
Quando o Rapto Acontecerá?
Percebemos claramente nas Escrituras que não nos cabe saber a data, embora seja nosso dever saber a época mediante os sinais que o próprio Senhor Jesus nos deixou. Aliás, a palavra geração, como aparece em Marcos 13. 30, pode significar raça ou nação, humanidade em geral.
Sem indicar a data, a Bíblia, entretanto, dá algumas diretrizes acerca época em que ocorrerá o Arrebatamento:
Quando for meia-noite: Não podemos saber o dia e a hora em que ocorrerá o Arrebatamento da Igreja, mas podemos conhecer a sua época. Quando Jesus disse: “Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro” (Mt 25. 6), Ele estava se referindo ao final do dia da graça, que ocorre à meia-noite. Esta “meia-noite” pode significar também a noite do materialismo, do terrorismo, da apostasia e da era nuclear. O poderio armamentista acumulado pelas nações é capaz de destruir toda a humanidade 27 vezes.
Quando chegar a plenitude dos gentios: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado” (Romanos 11. 25). Ao escrever isso, acredito que o apóstolo Paulo falava da Igreja, formada na sua maioria por povos não judeus. Deus sabe quantas pessoas irão compor a Igreja, e no momento certo em que se converter o último gentio, então ocorrerá o Arrebatamento, levando em consideração a onisciência de Deus.
Quando findar o dia da graça: Lemos em Salmos 118. 24: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Quando o Senhor inaugurou esse dia de regozijo e de alegria? Justamente após a rejeição do Messias por parte de Israel, como claramente mostra o contexto deste Salmo: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina. Foi o Senhor que fez isto, e é uma coisa maravilhosa aos nossos olhos” (vv. 22, 23).
No começo dos sinais: Muita gente acha que todos os sinais preditos para a volta de Jesus devem ocorrer primeiro, mas, em relação à nossa redenção no rapto, as palavras de Jesus são muito claras: “Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima” (Lucas 21. 28). Todo o contexto do sermão profético mostra que haveriam de ocorrer grandes sinais, terremotos, fomes e pestes em diversos lugares. “E haverá, em vários lugares, grandes terremotos, e fomes, e pestilências; haverá também as coisas espantosas e grandes sinais do céu” (Lucas 21. 11).
Quando a figueira frutificar: No lindo poema profético de Cantares (2. 13), lemos: “A figueira já deu os seus figuinhos, e as vides em flor exalam o seu aroma. Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem”. Jesus nos diz: “Olhai para a figueira e para todas as árvores. Quando já começaram a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão” (Lucas 21. 29, 30). Numa tipologia, a figueira é Israel, que já tem dado os seus frutos como nação. O que mais impressiona o turista que visita Israel é ver a febre de trabalho por todo o país, construindo rodovias e cidades, e cultivando o deserto. Literalmente, a profecia de que o deserto haveria de florescer está plenamente cumprida. As vinhas em flor podem indicar a igreja evangélica na sua multiplicidade, testificando de Jesus em todas as partes do mundo, e exalando o seu aroma: o bom cheiro de Cristo.
A qualquer momento: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo-as a todos: Vigiai”) Marcos 13. 35-37). “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22. 12).
Os Propósitos do Rapto
1. Vivificar os mortos em Cristo: Todos os cristãos fieis ressuscitados por ocasião do Arrebatamento. É o que a Bíblia claramente ensina: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados (1º Coríntios 15. 52). O grande brado será o grito de guerra de Cristo contra a morte, que haverá de entregar os seus mortos. A voz do arcanjo indica que será um sinal para Israel, pois a Bíblia sempre menciona este ser angelical em conexão com os israelitas.
A partir do momento do rapto, Deus volta a tratar com o povo judeu da mesma maneira como fazia antes do dia da graça. Terá início a última semana de anos para Israel. O ressoar da trombeta de Deus, por sua vez, relaciona-se com a reunião final e eterna do povo de Deus.
Portanto, a trombeta relacionada com o Arrebatamento da Igreja nada tem a ver com as trombetas de juízos descritas em Apocalipse. O contexto das cartas de Paulo é de reunião dos salvos com o seu Salvador.
2. Transformação dos corpos: Após a ressurreição dos que dormiram em Cristo, os cristãos que estiverem vivos, não provarão a morte, mas serão transformados e transladados juntamente com os que tiverem sido ressuscitados. A Bíblia ensina isso com clareza: “Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1º Ts 4. 17). “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é o veremos” (1º Jo 3. 2). A ciência afirma que a nossa vitalidade culmina aos 16 anos; a nossa visão começa a falhar aos 19 anos; e a nossa audição vai diminuindo a partir dos 21 anos. É verdade que começamos a morrer no dia em que nascemos. Mas este corpo corruptível e mortal será revestido do novo corpo incorruptível e imortal.
3. Revelação de Cristo: Jesus orou para que um dia pudéssemos ver a sua plena glória, que Ele na verdade nunca pôde revelar aqui na terra. Eis as suas palavras: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da criação do mundo” (Jo 17. 24).
4. Livrar-nos da Grande Tribulação: A Igreja não passará pelo período da Grande Tribulação.
Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos.
Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira (Is 26. 19, 20).
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo (Ap 3. 10).
5. O encontro com Cristo nos Ares e à Casa do Pai: O salmo 24 tem sido considerado como uma descrição de como foi a entrada triunfal de Jesus no céu, após a sua ascensão, e de como será a sua futura entrada com a Igreja.
6. Revelação da face de Deus: Ver a face de Deus será o mais elevado de todos os privilégios. Jesus disse que são “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5. 8). O apóstolo Paulo, ao tratar das nossas presentes limitações, fala do novo corpo que cada cristão receberá por ocasião da ressurreição ou do Arrebatamento, e afirma: “Então conhecerei plenamente” (1º Co 13. 12). E, a Bíblia afirma que ali no céu “E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome” (Ap 22. 3, 4).
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