Introdução ao Livro de Apocalipse

Introdução ao livro de apocalipse

O livro de Apocalipse, o último do Novo Testamento, polariza os leitores. Alguns o consideram a explicação do universo ou, pelo menos, do futuro. Outros o acham totalmente obscuro ou o rejeitam por achar que não faz sentido algum. Alguns consideram que sua linguagem é totalmente literal, outros, que é completamente simbólica, ou até mesmo as duas coisas ao mesmo tempo. Muitos acreditam que seja simbólica e literal. 

Há quatro abordagens principais para a interpretação de Apocalipse:

1. Futurista. O livro da Revelação é uma predição explícita de um futuro ainda não desdobrado. 

2. Pretérita. As profecias de Apocalipse foram cumpridas no século I. (O termo latino praeter quer dizer “antes”).


3. Histórica ou atual. As profecias de Apocalipse estão sendo cumpridas agora, durante o período entre a ressurreição de Jesus e sua segunda vinda. 


4. Idealista. O relato de Apocalipse, não diz respeito, de forma alguma, à história. É uma alegoria eterna do conflito entre o bem e o mal. E, por mais que seja uma alegoria, não deixa de ser a Poderosa Palavra de Deus. Não deixa de ser a Verdade absoluta. 


Se não tivéssemos mais informações do que temos, ficaria óbvio que Apocalipse é o livro da Bíblia mais difícil de se comentar. Lidar com as informações históricas e as opiniões teológicas dos outros 26 livros do Novo Testamento já é bastante difícil; mas, quando o assunto em questão diz respeito ao futuro, então cada um tem a sua própria interpretação! João Calvino escreveu um extenso comentário sobre toda a Bíblia, Antigo e Novo Testamento, exceto sobre Apocalipse.

As sete igrejas da Ásia Menor, são, originalmente, as destinatárias do livro do Apocalipse, sendo elas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, e Laodiceia. Vale lembrar que a Ásia Menor é atualmente a região ocidental da Turquia.



Os Sete Castiçais e as Sete Estrelas

Após receber a ordem de escrever o livro para as sete igrejas, João teve uma visão de Cristo andando no meio de sete castiçais, e, entre outras características, Ele tinha em Sua mão direita sete estrelas.


No próprio capítulo 1 temos a explicação sobre este simbolismo. Os sete castiçais de ouro representam as sete igrejas, e as sete estrelas representam os anjos das sete igrejas.



Quem São os Anjos das Sete Igrejas do Apocalipse?

     Existem duas interpretações para responder essa pergunta:

  1. A primeira interpretação defende que trata-se de seres celestiais, ou seja, literalmente anjos. Essa interpretação busca algumas referências no Antigo Testamento onde seres celestiais são designados a ajudar e proteger um determinado povo. Porém, porque João escreveria para anjos, sendo que eles estão constantemente na presença de Deus? Como seria possível escrever um livro e enviar a um anjo? 


  1. A segunda interpretação considera principalmente o fato de que a palavra “anjo” significa literalmente “mensageiro”, que pode ser tanto um ser celestial como um humano. Sendo humano, a palavra “anjo” cabe perfeitamente aos líderes das igrejas. Uma fraqueza desta posição é que em nenhum outro lugar da Bíblia líderes da Igreja (presbíteros, bispos, pastores) são identificados como “anjos”.


Mas, muitos biblistas aceitam esta segunda interpretação. 




O Significado das Sete Igrejas do Apocalipse

Resumidamente, existem duas interpretações sobre o significado das sete igrejas do Apocalipse. Uma defende que as sete igrejas representam sete eras ou períodos específicos da História da Igreja. A outra interpretação defende que as sete igrejas representam condições que ocorrem em qualquer período da História da Igreja, e se repetem constantemente, e não apenas em períodos específicos. Ou seja, as sete Igrejas, espiritualmente, representam todas as Igrejas de todas as épocas.


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